segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Edir Macedo é acusado de usar dinheiro do tráfico de drogas para comprar a Record

A edição desta semana da Revista Veja traz novas e sérias denúncias contra a Igreja Universal do Reino de Deus e a Rede Record, ambas de propriedade do Bispo Edir Macedo


Se Deus vai perdoar Edir Macedo, isso não se sabe. Quem somos nós para especular sobre o Juízo Divinal, não é mesmo? Mas que a lei dos homens começa a enroscar com o autoproclamado “bispo”, ah, isso começa. O Ministério Público Federal o acusa de “organizador de atividade criminosa” e de praticar evasão de divisas, lavagem de dinheiro, estelionato e falsidade ideológica. O não-pagamento de R$ 10 milhões de aluguéis atrasados resultou na penhora da sede da TV Record no Rio. O repasse de dinheiro da Igreja Universal para a televisão é crescente — chegou a R$ 430 milhões em 2010 —, mas o Ibope empacou nos sete pontos na Grande São Paulo e dali não sai desde 2009. Mas não é só no Brasil que a barra está pesando para o bispo. Leia trecho de reportagem de Laura Diniz e Otávio Cabral na VEJA desta semana.

(…)
Na última década. Macedo expandiu seus empreendimentos para fora do Brasil, abrindo templos da Universal em 170 países e criando a Record Internacional. A expansão internacionalizou suas dificuldades com a lei. Como grande parte das doações passa pelos Estados Unidos, promotores americanos o investigam por lavagem de dinheiro. Até a Venezuela anda preocupada. Em pedido de cooperação enviado ao Brasil, promotores daquele país relatam que o bispo é alvo de uma investigação de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Os venezuelanos citam a acusação feita por um ex-pastor da Universal que viajou à Colômbia em 1989 para obter recursos com um traficante do Cartel de Cali. Voltou de jato fretado para o Brasil e a soma, segundo ele, foi usada para a compra da Record.

Como o mesmo grupo de religiosos difundiu a Universal na Venezuela, as autoridades de lá temem que as igrejas estejam sendo usadas para lavar dinheiro.”Estamos na presença de uma organização criminosa internacional que também atua na Venezuela”, justificam os promotores, que pedem cópia de todas as investigações brasileiras relacionadas a Macedo.

VEJA

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