quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Prova do Enem vazou, diz Polícia Federal,agora mais um motivo para ser anulado definitivamente
A Polícia Federal confirmou na madrugada de hoje, por meio de seu portal na internet, que investiga o suspeita de vazamento da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Uma professora e o marido dela tiveram acesso ao conteúdo da avalição e podem ser condenados a até seis anos de prisão. Os dois foram indiciados pela PF, sob acusação de violação de sigilo funcional. A professora pertencia à equipe que aplicava as provas.
Segundo a investigação policial, uma professora do município de Remanso, na Bahia, viu o texto de apoio da redação cerca de duas horas antes da aplicação da prova. Ela ligou para o marido, em Petrolina, Pernambuco, que contou para o filho. O menino então foi consultar os professores sobre como fazer a redação tendo como base o tema que o pai havia informado. O nome dos acusados não foi revelado pela PF.
Suspeitas
Na semana que sucedeu a aplicação da prova, professores do cursinho Geo Petrolina Pré-Vestibular foram procurados por cerca de 30 estudantes da cidade de Petrolina, no sertão do São Francisco, a 769 quilômetros do Recife, que pediam ajuda para desenvolver a redação se o tema fosse ‘trabalho e escravidão’.
Eram 11 horas da manhã do domingo, uma hora antes do início da prova do Enem. Um dos estudantes, aluno do curso, disse aos professores que o tema da redação havia vazado em São Raimundo Nonato (PI) e ele tinha sido informado. O boato se espalhou e outros candidatos recorreram aos professores de português Marcos Freire, Ramón Bandeira e Diego Alcântara.
“Na hora, não acreditei na história do vazamento, mas atendemos aos alunos, discutindo o tema”, disse Marcos Freire. Depois da prova, ao saber da confirmação do tema, veio a preocupação. “A questão é séria e terminamos nos envolvendo por não termos dado a devida dimensão ao fato”.
Depois da prova, os professores deram entrevista a emissoras de rádio e televisão locais informando sobre a possibilidade de vazamento. Segundo o professor Marcos Freire, a informação é de que desde a noite do sábado, 6, o aluno teria tido a informação do vazamento.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse na semana passada, que o suposto vazamento, se confirmado, seria um motivo plausível para anular o exame, que neste ano apresentou diversas falhas e acabou sendo suspenso pela Justiça Federal do Ceará (liminar que acabou sendo revertida). Antes da notícia, contudo, o MEC havia divulgado que a nova prova do Enem (apenas para os prejudicados por falhas no caderno amarelo) seria realizada em 15 de dezembro, às 13h.
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