A série de assaltos, furtos e sequestros relâmpagos em campi universitários da Capital na última semana forçaram a reitoria da UFC a tomar atitudes para evitar atos de violência. Alunos afirmam que medidas não são suficientes
Ao anoitecer, os campi do Pici e do Itaperi, respectivamente da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade Estadual do Cerrá (Uece), viram terra de ninguém. A frase é repetida por alunos e funcionários que frequentam os espaços à noite, forçados pelos horários de algumas aulas e cursos. No entanto, a escuridão não tem mais a exclusividade em atos de violência. Segundo os estudantes, as sedes se tornaram perigosas em todos os horários.
A Educação Física, da Uece, tem suas aulas em um dos últimos blocos. Não há vigilantes para atender a todos os espaços. “Alguns blocos são isolados. Falta iluminação. O muro é baixo e facilita a entrada de pessoas a qualquer momento”, reclama Igor Freitas, 19, aluno do 3º semestre do curso. Os estudantes reconhecem que algumas melhorias já foram realizadas, como a presença de zeladores em cada um dos banheiros. As ações, entretanto, não foram suficientes.
No campus do Itaperi, segundo os alunos, não são raros furtos a aparelhos de sons de carro e notebooks. “E qualquer pessoa entra aqui no campus, sem nenhuma identificação. Acredito que precisaria de um controle maior”, aponta o estudante Joel de Almeida, 19, da Educação Física.
Em sete dias, três episódios chamaram a atenção por conta da violência nos campi universitários. Quinta-feira, 7, um aluno de um dos cursos de Tecnologia sofreu sequestro relâmpago de dentro do Pici. No dia seguinte, um estudante de Engenharia Civil e policial militar foi detido após ameaçar, com uma arma, estudantes, também no Pici. Nesta semana, um aluno de Medicina, no Porangabussu, passou por sequestro relâmpago.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Na última semana, os campi da UFC foram alvos de vários atos de violência. Dois alunos da universidade sofreram sequestro relâmpago. Um policial militar, aluno da Engenharia Civil, ameaçou colegas com uma arma. Na Uece, os relatos de estudantes também são de insegurança.
EXCLUSIVO
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