domingo, 10 de outubro de 2010

SAÚDE: Os perigos da dor de cabeça


Segundo a neurologista Carla Jevoux, da Sociedade Brasileira de Cefaléia, a dor de cabeça primária (que não causa alterações estruturais no cérebro), não deixa seqüelas físicas, no entanto pode proporcionar graves prejuízos pessoais, no trabalho e na vida social.
"Estudos demonstram que a enxaqueca, por exemplo, é causa de faltas ao trabalho, de redução da produtividade e de comprometimento de ganhos potenciais. Pacientes com essa modalidade de cefaléia podem se aposentar mais cedo ou ser preteridos em promoções. Além disso, entre os desempregados, quem sofre de enxaqueca é maioria", conta Carla.
A neurologista diz que, nas cefaléias secundárias (causadas por alterações estruturais, tóxicas, metabólicas, inflamatórias ou infecciosas), a gravidade dependerá da doença causadora da cefaléia.
De acordo com a Carla, diversos problemas de saúde, alguns mais sérios, outros menos, apresentam cefaléia como um dos sintomas. São eles: tumores; aneurismas cerebrais; infecções do sistema nervoso central ou sistêmicas; processos inflamatórios dos vasos; hipertensão arterial grave; sinusites; alterações metabólicas; efeitos de drogas; malformações congênitas; traumatismos da cabeça e pescoço.
"Em geral, essas causas de cefaléias secundárias denunciam-se pela forma de instalação ou pela associação com outros sintomas", afirma Carla.
Veja abaixo alguns sinais que podem ser resultados das cefaléias secundárias:

Dor de cabeça de início recente;
Dor de cabeça cujas características se modificaram recentemente;
Dor de cabeça evoluindo de forma crescente;
Dor de cabeça ocorrendo pela primeira vez;
Dor de cabeça que é a pior dor já sentida;
Dor de cabeça associada a outros sinais ou sintomas como: febre; crises epilépticas ou convulsões; alterações da consciência (sonolência excessiva, coma); confusão mental; vômito (exceto para sofredores habituais de enxaqueca); rigidez de nuca; alterações visuais; queda de uma das pálpebras; estrabismo; paralisia facial; surdez; outras alterações neurológicas; alterações cognitivas e comportamentais;
Dor de cabeça iniciada após os 50 anos;
Dor de cabeça refratária ao tratamento;
Dor de cabeça relacionada com atividade física ou sexual.
Sempre consulte um médico antes de se automedicar

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