
Os militares teriam sido contratados para formar uma rede de proteção em torno de Farhad, apontado como chefe de um esquema milionário de contrabando
O policial Joaquim Alves Marinho, 53, foi preso nesta quinta-feira (19), após se apresentar na sede da Polícia Federal, no bairro de Fátima. Ele encontrava-se foragido e é o sexto policial preso acusado de integrar a quadrilha liderada pelo iraniano Farha Marivi, 46, que seria responsável pela morte de 10 pessoas na Capital. O mesmo grupo é suspeito de tentar assassinar o auditor da Receita Federal, José de Jesus Ferreira
Havia uma lista de futuras vítimas da quadrilha e as prisões evitaram a execução de uma pessoa já na próxima semana, no entorno de uma casa de shows em área nobre de Fortaleza.
Sobre como se dava a participação dos policiais nos crimes, a Polícia Federal está investigando. O que se sabe até o momento é que alguns participavam diretamente nas execuções e outros faziam a segurança da família e das lojas do iraniano, que é empresário do ramo de eletroeletrônicos. Conforme o jornal O Povo desta sexta-feira (20), os militares teriam sido contratados para formar uma rede de proteção em torno de Farhad, apontado como chefe de um esquema milionário de contrabando.
O periódico também afirma que o policial que se apresentou ontem na sede da PF fez parte do antigo Comando de Operações Especiais (COE), considerada a tropa de elite nos tempos da Ditadura Militar. “Na época, integrantes do grupo foram acusados de praticar torturas e homicídios. A assessoria de imprensa da Polícia Federal não informou do que o sargento Marinho está sendo acusado”, completa O Povo.